Escrever em prosa é tecer linhas contínuas, organizadas em fila, querendo não pontuá-las só para vê-las subir ao infinito, cambaleando ante a brisa amanhecida em folhas de um parreiral.
Tentar segui-las em silêncio, não um silêncio mórbido, mas um silêncio macio como quem caminha em relvas beijadas pelo orvalho das manhãs, para com os ouvidos saborear a caminhada.
Prosear baixinho com as uvas maduras, sentir na pele seu aroma doce, cor de vinho. Permitir que o texto seja literário, posto que o não literário mesmo tecido, não consegue caminhar nesse desalinho que desenham as linhas organizadas em sequencia, com parágrafos e pontuações.
E assim, continuadamente tranformar prosas em poesias.
Nena Sarti - agosto de 2008.
sábado, 4 de setembro de 2010
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