Pá,pá,pá,pá!
Que rude a banda de cá!
Para solidão:
guarda-chuva esquecido,
para guarda-chuva esquecido:
olho triste de jacaré
flechado por luz de lanterna.
Em cidades
urso iberna,
deixando passos vazios,
enchendo o espaço das
cavernas...
Antenas sem fio
lembram um assobio
na terceira margem do rio...
Pá, pá, pá, pá!
Que rude a banda de lá!
Atravessei os prelúdios
melosos, melodiosos,
do canto da Seriema!
Tá com pena?
fique deitado, assolado,
com o ouvido espremido,
sentindo o seu gemido!
Pá, pá, pá, pá!
Pá, pá, pá, pá!
Essa é a mão do homem!
Quer escutar mais?
Vá, pá, pá, pá, pá,
de uma margem à outra
e descubra:
Nada mais se inventa,
Tudo apenas se tenta!
Pá, pá, pá, pá!
Tem papá?
Pergunta o andarilho.
Tem papá?
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Um momento
Um pincel e a tinta,
Um anel e o dedo,
Uma flor e a mão,
Um fiel e a oração,
Um livro e a relação.
Por que estou escrevendo isso?
Sei lá, pode ser que se comece uma pintura,
Um pedido de casamento,
O recebimento do perfume,
Um milagre há muito tempo esperado,
A leitura e o entendimento.
Meu Deus! De onde surge tanta aglomeração de palavras?!
Um anel e o dedo,
Uma flor e a mão,
Um fiel e a oração,
Um livro e a relação.
Por que estou escrevendo isso?
Sei lá, pode ser que se comece uma pintura,
Um pedido de casamento,
O recebimento do perfume,
Um milagre há muito tempo esperado,
A leitura e o entendimento.
Meu Deus! De onde surge tanta aglomeração de palavras?!
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